Novo Código Penal deve ir a Plenário em junho, diz Eunício
O projeto do novo Código Penal (PLS 236/2012)
deve ir a votação no Plenário do Senado em junho. A previsão é do
senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente de comissão especial de
senadores responsável por examinar a proposta, elaborada por um grupo de
juristas nomeado pelo presidente José Sarney.
Segundo Eunício, a comissão de senadores vai realizar audiências
públicas nos estados em março e abril, de forma a concluir os trabalhos
até o fim de maio, para que a proposta seja enviada ao Plenário no
início de junho.
A sugestão para a elaboração de um projeto de reforma do Código
Penal, vigente há 70 anos, foi do senador Pedro Taques (PDT-MT), agora
relator da comissão especial composta por 11 senadores.
De acordo com Eunício, o texto já recebeu mais de 30 mil sugestões,
principalmente de organizações da sociedade civil e de entidades da área
jurídica. Também os senadores têm feito sugestões: já foram
protocoladas mais de 350 emendas, mas o número deve aumentar, uma vez
que o prazo será reaberto em fevereiro.
– Em fevereiro também vamos divulgar o calendário para as audiências
públicas que realizaremos nos estados. Queremos debater amplamente as
propostas e construir um texto que represente a média do pensamento do
Brasil. O Código Penal precisa ser modernizado e unificado, mas
precisamos fazer isso ouvindo a sociedade e levando em conta as
sugestões – disse o senador, ressaltando que “extremismos" como a pena
de morte” não devem ser incluídos.
O senador pelo Ceará também destacou pesquisa realizada pelo DataSenado,
que coletou opiniões úteis para o trabalho da comissão especial,
apontando por exemplo uma rejeição à proposta de liberação das drogas
para consumo próprio.
A reforma do Código Penal reúne temas controversos, como a
descriminalização do porte de drogas para uso pessoal e novas hipóteses
de aborto legal, o que já ocorre em caso de risco de vida para a
gestante ou quando a gravidez decorre de estupro.
Para o relator, Pedro Taques, esses e todos os outros temas
relacionados ao código devem ser debatidos “com cautela e pelo tempo que
for necessário”.
Fonte: Agência Senado
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