Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS e voluntários atendem desabrigados da Vila Liberdade

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Entidade acompanha tramite de reassentamento das quase 200 famílias atingidas pelo incêndio ocorrido no fim de janeiro.

Uma comitiva formada por integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, estudantes e advogados voluntários, além de vereadores, prestou atendimento aos desabrigados pelo incêndio que atingiu a Vila Liberdade.

Rodrigo Puggina, que é coordenador da Comissão,  acompanhado dos advogados integrantes da comissão, Maira Marques, Rodrigo Silveira da Rosa, Jefferson Cardoso, Rafaele Turkienicz, Leandro Michels e Márcio Muniz Nascimento, visitou dois locais no bairro Humaitá.

De acordo com Puggina, a Ordem acompanhará todo o tramite de reassentamento das famílias atingidas pela tragédia, além de oferecer suporte para eventuais necessidades que apareçam ao longo do processo.

O primeiro local visitado foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Giúdice, que funciona como abrigo improvisado para a grande maioria das quase 200 famílias que tiveram suas casas atingidas pelo fogo.

No meio da tarde de sábado havia transito intenso e dificuldade para estacionar na pacata rua do bairro Humaitá. Eram voluntários que trabalhavam na ajuda aos desabrigados, ou famílias levando donativos.

Os voluntários realizam, também, boletins de ocorrência eletrônicos, a fim de formalizar a perda de documentos das vítimas do incêndio.

Na escola, os desabrigados tomam banho, dormem, fazem suas refeições e são cadastrados para o sistema de reassentamento promovido pela prefeitura.

No pátio havia milhares de pares de sapatos aguardando para serem escolhidos pelos desabrigados. No ginásio de esportes, montanhas de roupas eram separadas por gênero e idade, pelos voluntários.

Aos poucos, os desabrigados vão sendo integrados ao sistema de aluguel social, que destina R$ 400 por mês para que encontrem uma nova moradia. Há, também, o programa que construirá casas ecológicas e provisórias no local, realocando aproximadamente 50 famílias.

Segundo os líderes comunitários, diante do bom volume de doações recebidas, a grande necessidade é de leite em pó e artigos de higiene pessoal.

A realidade vista pela comitiva na escola não se repetia no local da tragédia, o segundo local a ser visitado pela comitiva, onde algumas famílias estão acampadas na beira da rodovia, bem em frente ao terreno incendiado.

Aguardam, quase como num ato de resistência, que suas casas sejam ali reconstruídas. Tem medo de deixar o local e serem reassentados em uma localidade muito distante de onde vivem e trabalham.

Juntamente com a comitiva da OAB/RS, estiveram no local os vereadores Fernanda Melchiona, Sofia Cavedon e Marcelo Sgarbossa. Para esta terça-feira (5/2), está agendada uma reunião na Câmara de Vereadores para tratar, juntamente com o secretário municipal de Direitos Humanos, Luciano Marcantonio, sobre os prazos de realocação das vítimas.

Lauro Rocha
Jornalista – MBT 15.842

Fonte: OAB/RS.

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